quarta-feira, 7 de junho de 2017

O pai dos Bufões


Um outro tipo de palhaço é o chamado bufão, uma figura um tanto quanto esquisita que incomoda muita gente. Conhecido por fazer críticas sociais e buscar impactar a plateia das formas mais inusitadas o Bufão é uma figura polêmica que vive entre o pêndulo do ódio e do amor.
 O italiano Leo Bassi, é por muitos reconhecido como a melhor representação desse tipo de humorista. Após apresentar seu show " The Best of Leo Bassi" no Fest Clown em Brasília, o comediante gerou diversos tipos de reflexões ao contestar o contexto político brasileiro. Algo interessante e particular do mesmo, é a maneira com que se veste, seu terno faz alusões a políticos e o quão tais representantes são figuras patéticas para ele. Durante todo o espetáculo, o artista diz claramente que ninguém deve confiar nele, principalmente pela maneira com que ele se veste. Em números estéticos como de explodir latas de coca cola, o Bufão consegue trazer também todas as críticas sociais que deseja. Logo ao fim de seu show, Leo mostra o porque de tal reconhecimento e enorme, ao se cobrir inteiro de mel e jogar penas em seu próprio corpo.

Palhaço Augusto, origem e essência


A típica e estereotipada figura do palhaço conta sempre com trajes extravagantes, cores enérgicas são muito presentes em suas roupas, sendo calças, sapato, peruca e é claro a figura do nariz. Do ponto de vista de uma análise simbólica, a representação principal do nariz vermelho poderia ser reconhecida com sinônimo de energia e poder, pelo fato de ser uma cor vibrante que atrai atenção.
 Esse tipo de palhaço típico do nariz vermelho é denominado Augusto, sua  origem é Alemã e o mesmo se deriva de um tipo de acrobata. A estória por traz do ícone responsável pelo reconhecimento mundial de Augusto é a seguinte, após ser expulso do circo por cair em acrobacias simples as quais fazia com o cavalo, Tom Belling começara a mostrar seu dom de comediante ao fazer graças para seus amigos do circo, algo que chamou muito a atenção de seu diretor que o chamou de volta ao picadeiro. Logo em sua primeira apresentação, o pioneiro Belling tropeçou e caiu de cara no chão e gerou assim, a partir do inchaço de seu nariz vermelho a figura desastrada do palhaço, que foi logo denominado Augusto devido a palavra simbolizar marginalização e inaptidão de fazer algo.
Outra teoria é de que devido ao frio, oficiais da cavalaria bebiam muito para se aquecer, até que um dia um deles exagerou e acabou vestindo fardas maiores do que o seu tamanho, ao se mostrar desengonçado e ir tropeçando em sí mesmo logo gerou risos. A figura do bêbado naturalmente tinha narizes vermelhos, porém como não podiam se embriagar todas sessões os mesmos passaram a pintar seus respectivos narizes.
Por fim tendo em vista a origem acrobata desse tipo de palhaço, é importante ressaltar outra peça principal de seus figurinos, suas calças largas que em grande parte das vezes eram repletas de feno para amortecer quedas. Tal composição na maioria das vezes, é a primeira imagem da palhaçaria que surge na mente das pessoas, porém em outros posts do blog mostramos as mais diversas variações desse enorme universo clown.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Los sádicos Hermanos

Os palhaços Chacovachi e Tomate, são ícones argentinos respectivamente da palhaçaria de rua e circo. Apesar desse leve embate de ambientes, ambos tem uma enorme característica em comum, um enorme e específico sadismo. Tanto no show  "Um palhaço do mal pode arruinar sua vida" quanto no "Tomate, puro tomate" é retratado o lado depressivo de ser palhaço, todas frustrações e revoltas típicas de artistas são explicitadas mais especificamente no universo clown.
No primeiro espetáculo citado, Chacovachi alerta o público o quanto a falta de reações prejudica seu trabalho, afirmando também que prefere ouvir vaias do que conviver com plateias indiferentes. Já no segundo a maior reflexão ocorre no final, o qual o palhaço Tomate retira sua maquiagem e disserta sobre as dificuldades da profissão.
O sadismo digno de assustar criancinhas, é um tipo de humor ácido o qual os argentinos apreciam muito, tornando ambos artistas extremamente conhecidos na América Latina. Pelo que pude apreciar de cada um no Fest Clown que já mencionei em outra matéria, a interação com o público é extremamente importante para eles. Fui particularmente chamado para participar de um número do palhaço Tomate, o qual com sua imensa quantidade de balões brincava comigo pelo fato de não conseguir fazer os barulhos que ele me pedia com determinadas bexigas. Chacovachi também fez uso de balões em seu espetáculo, porém por não ter a mesma habilidade com tais artefatos, dava o que ele chamava de "mutantes" para as crianças e dizia que elas deveriam se conformar pois a vida nunca é como se quer.
Os Argentinos decidiram se unir e estrearam um
espetáculo juntos, o espetáculo Jogo dos Maus chega ao Brasil em São Paulo na primeira quinzena de novembro.

Minha avó era palhaço


Documentário da palhaça Carmela


Apresentação da palhaça Colette Gomette


Teaser Palhaças pelo Mundo.


quinta-feira, 25 de maio de 2017

Patch Adams: o médico palhaço

Patch Adams é um palhaço e médico americano, que após viver experiencias traumáticas e ser internado, percebeu que a maneira que os pacientes eram tratados não era a mais correta. Decidiu então revolucionar a medicina, transformando hospitais em ambientes mais amorosos e tornando a relação médico-paciente mais amistosa, e ele pensou essa revolução se dando por meio da introdução do riso no contato com os pacientes, trazendo assim uma identificação entre as partes e facilitando o diálogo entre eles. 
Em 1971 ele criou o Instituto Gesundheit, que leva o conceito de criar um ambiente amoroso ao pé da letra. Patch adquiriu terras no estado da Virginia nos EUA e lá a equipe médica, os pacientes e as famílias vivem em comunidade, buscando sempre a harmonia a e o bom humor. Lá os pacientes são tratados de forma inteiramente gratuita.
Patch viaja por todo o mundo, visitando hospitais e regiões carentes, sempre explorando o lado do riso e levando alegria para as pessoas que estão passando por momentos muito delicados. Ele discorda da frase “o riso é o melhor remédio”, ele diz que a amizade é o melhor remédio e por meio do riso, da palhaçada você pode criar uma identificação e dali nascer uma amizade.


domingo, 21 de maio de 2017

Palhaçoterapia

 Na década de 80 nos Estados Unidos da América, Michael Christensen, um palhaço renomado, foi convidado para fazer uma apresentação no Columbia Presbyterian Babies Hospital, um hospital infantil. O público era composto somente pelos pacientes que podiam se deslocar até o pátio do hospital, onde foi realizada a apresentação. Ficou claro para Michael e para a equipe médica que aquele contato com o palhaço tinha sido muito benéfico para as crianças e logo eles levaram a apresentação também para os pacientes que não podiam sair de seus leitos. O resultado da presença dessa interação com o palhaço foi rapidamente notável. Crianças que antes eram bastante apáticas, estavam interagindo e demonstravam interesse e alegria ao realizar as atividades.
 Depois de alguns meses de visitas e de resultados positivos, o hospital resolveu investir nesse tipo de terapia e criou assim o Clown Care Unit. Vários outros palhaços se juntaram ao grupo, que logo ganhou visibilidade pelo jeito inovador de tratar crianças. Em pouco tempo o trabalho se estendeu para outros hospitais e também para outros públicos, que não só o infanto-juvenil. Um dos palhaços que participava do Clown Care Unit era Wellington Nogueira, ator e palhaço brasileiro, que naquela época residia nos EUA. Ele se apaixonou pelo projeto e assim que retornou ao Brasil, em 1991, fundou a ONG Doutores da Alegria. Foi assim que esse tipo de terapia chegou aqui no Brasil e, como na américa do norte, chamou bastante atenção e rapidamente surgiram outros grupos pelo país.
 A terapia do riso, palhaço terapia ou besterologia, como chama os Doutores da Alegria, apesar de ter poucos embasamentos científicos e ser uma técnica recente, não encontra muita resistência no meio médico, pois é notável o feito positivo que traz para o ambiente do hospital, mudando não só o comportamento dos pacientes, mas também da equipe e dos acompanhantes. Alguns grupos exigem de seus voluntários experiências prévias com a palhaçaria, alguns oferecem cursos e outros aceitam pessoas de todos os tipos dispostas a fazer as visitas. Essa falta de sistematização acontece tanto no Brasil, quanto no exterior, mas não existem dados que afirmem existir diferenças de resultados de um grupo para outro.

  Muito ainda está para ser descoberto a respeito dos efeitos da presença do palhaço no ambiente hospitalar, mas uma coisa é certa, um ambiente amoroso, tranquilo e cheio de bom humor é sempre positivo e como dizem por aí: o riso é o melhor remédio.

sábado, 20 de maio de 2017

Uma viagem para a velha escola da palhaçaria

No dia 19 de Maio de 2017, acontecia o segundo dia do Fest Clown, um famoso festival de palhaços de Brasília que está em sua décima quarta edição.Um dos principais show do noite foi do americano Avner Eisenberg, denominado "Exceções à gravidade", responsável por cativar todos os tipos de público.
Sem falar uma palavra se quer, aquele senhor de 68 anos surpreendeu a todos com suas habilidades físicas.A essência do palhaço se pôs em prática em cada um de seus números, através de todo pequeno gesto e detalhe imposto em seus objetivos cênicos extremamente cotidianos, que demonstravam uma magia circense no mínimo encantadora.O conjunto de ações responsáveis pelo nome do espetáculo, como malabarismos com seu chapéu, seus tacos e também o equilíbrio de objetos no nariz e no queixo surpreenderam bastante a plateia.Porém no meu ponto de vista, o velho palhaço conquistou a todos com seu carisma e suas técnicas em tempo perfeito da maneira mais irreverente.
Interagindo com o público a todo momento, o senhor que se auto denomina "O palhaço excêntrico", se mostrou de enorme simpatia ao se relacionar com as crianças do público.Pude concluir então que tal espetáculo reviveu parte da criança que existe em mim, sendo impulsionado por números extremamente cômicos, que apesar de aparentarem ser complexos eram realizados com enorme simplicidade.

O pai dos Bufões

Um outro tipo de palhaço é o chamado bufão, uma figura um tanto quanto esquisita que incomoda muita gente. Conhecido por fazer críticas s...